A Creator Economy tem revolucionado a forma como as pessoas trabalham e ganham dinheiro na internet. Impulsionada por redes sociais e plataformas digitais, essa nova economia permite que criadores e criadoras de conteúdo transformem sua paixão em profissão e fonte de renda. Mas, já vale avisar: como tudo na vida conquistado por meio do trabalho, requer muito estudo, dedicação e constância!

O Influencer Summit 2024, um evento 100% online e gratuito realizado recentemente pela ONG JA Rio de Janeiro, em parceria com o CIEE Rio, reuniu especialistas e influenciadores para abordar o tema – entre eles, Gue Oliveira, a cabeleireira mais seguida nas redes sociais em todo o mundo. O objetivo foi conversar sobre como as pessoas podem navegar nesse universo.

Confira acima a gravação do evento na íntegra ou leia abaixo o resumo que preparamos com os principais pontos debatidos durante o evento:

1. Monetização de conteúdo

A possibilidade de ganhar dinheiro com vídeos, posts e transmissões ao vivo tem sido um dos maiores atrativos da Creator Economy. Plataformas como YouTube, TikTok e Kwai oferecem diversas formas de monetização, como programas de parcerias, Super Chats e assinaturas.

Além disso, criadores podem gerar receita com anúncios, venda de produtos digitais e colaborações com marcas, inclusive no Instagram. O Influencer Summit 2024 traz especialistas que mostram como potencializar esses ganhos e maximizar as oportunidades financeiras.

2. Construção de marca pessoal

Criadores bem-sucedidos não são apenas produtores de conteúdo, eles são como marcas. Trabalhar a identidade visual, tom de voz e valores é essencial para criar conexão e fidelidade com a audiência. Isso envolve desde a escolha de cores e design dos posts até a consistência na comunicação com os seguidores. Criar uma marca pessoal forte aumenta as chances de fechar parcerias e construir uma carreira de longo prazo.

“Comece por alguma coisa que você goste, é claro que o dinheiro é necessário, mas ele tem que ser uma consequência, primeiro as pessoas têm que gostar daquilo que você está colocando, o que você gostaria de assistir é importante, mas não é só isso porque às vezes o seu público-alvo se comporta diferente”, explica Luis Paulo da Silva, professor da escola de Marketing Digital M2BR Academy.

3. Engajamento e audiência

Mais do que o número total de seguidores, o engajamento é o que realmente importa. Comentários, compartilhamentos e interações são métricas valiosas para atrair marcas e patrocinadores. Criadores de conteúdo devem incentivar a participação ativa do público, respondendo a perguntas, promovendo enquetes e criando conteúdos interativos para manter sua comunidade ativa e envolvida.

Para Gue Oliveira, é preciso também ter personalidade. “Acho que o erro que algumas pessoas cometem hoje é de não ter personalidade, o problema não é copiar… Mas você precisa de uma referência, se você não tem referência, você vai para qualquer lugar”, afirma a cabeleireira mais seguida do mundo nas redes sociais.

4. Plataformas e algoritmos

Cada plataforma tem seu próprio algoritmo, e compreendê-los é essencial para aumentar o alcance. O evento Influencer Summit 2024 aborda estratégias eficazes para crescer em cada rede social. Entender como funcionam as recomendações de conteúdo, a frequência ideal de postagens e o tipo de formato que performa melhor em cada canal pode fazer a diferença para alcançar um público maior e expandir a influência.

5. Economia da atenção

Na era digital, disputar a atenção do público é um desafio. Saber como prender a audiência nos primeiros segundos de um vídeo pode ser a chave para o sucesso. Técnicas como uso de gatilhos (de som e/ou visuais), legendas impactantes e cortes dinâmicos ajudam a manter o espectador engajado. Além disso, entender os momentos certos para chamar para ação e incentivar a retenção do público faz toda a diferença.

“Precisa saber transformar esse negócio em negócio. Então, não adianta só criar um conteúdo, não adianta você só expor o que você pensa se você não tiver uma intencionalidade por trás daquilo ali e ter um plano para fazer aquilo virar sua fonte de  renda”, orienta Ricardo Marsili, fundador da M2BR Academy.

6. Diversificação de fontes de renda

Criadores inteligentes não dependem apenas de uma fonte de receita. Programa de afiliados, cursos online, produtos digitais e colaborações com marcas são algumas das possibilidades. Ter múltiplas formas de monetização garante mais estabilidade financeira e permite que o criador explore diferentes oportunidades de crescimento, como licenciamento de produtos, eventos pagos e consultorias.

7. Profissionalização do mercado

O crescimento da Creator Economy faz com que o mercado se torne mais profissional. Hoje, muitos criadores trabalham com equipes, planejamentos estratégicos e gestão de negócios. Agências especializadas, contratos bem estruturados e planejamento financeiro são fundamentais para garantir o crescimento sustentável e a continuidade da carreira no mundo digital.

8. Influência e responsabilidade

Ser um criador também significa influenciar opiniões. Criadores devem ser transparentes sobre parcerias, evitar a disseminação de fake news e promover conteúdos autênticos que gerem impacto positivo na sociedade. Ética e credibilidade são fatores essenciais para manter a confiança da audiência e a credibilidade frente a marcas relevantes.

9. Inteligência Artificial e automação

Ferramentas de IA estão ajudando criadores a automatizar tarefas, desde edição de vídeos até a criação de roteiros. Softwares como editores de vídeo com IA, geradores de legendas automáticas e análise de métricas inteligentes permitem que os criadores economizem tempo e foquem na criatividade. Essa tecnologia pode ser um diferencial competitivo para otimizar a produção de conteúdo e aumentar a produtividade.

“Aprender sobre a IA é uma demanda do mercado. Vai se diferenciar quem for por esse caminho, em qualquer profissão e em qualquer área, mas você precisa saber utilizar os recursos. Outras frentes se abrem, várias profissões já desapareceram e várias outras surgiram, então a gente não precisa cair nesse terrorismo que existe de achar que a IA vai acabar com tudo”, comenta Rafael Coelho, gerente de Marketing na JA Rio de Janeiro.

10. Trabalhe como Social Media

Com o crescimento dos criadores de conteúdo, a demanda por gestores de redes sociais só aumenta! Se você gosta de estratégia digital, engajamento e criação de conteúdo, essa pode ser uma ótima oportunidade para você. O trabalho de um Social Media envolve planejar postagens, analisar métricas, interagir com seguidores e criar campanhas estratégicas para maximizar o alcance e engajamento de marcas e influenciadores.

“Pode ser que no caminho a pessoa descubra algumas potencialidades na produção que pode ser vendido para fora, assim vai começando o trabalho do Social Media. Não tem a grana, mas cria uma forma de alguém pagar isso para você, que será o seu cliente”, recomenda Luan Costa, do CIEE Rio.

Ao abraçar as novas possibilidades e se adaptar às mudanças rápidas do mercado, os criadores de conteúdo podem não só expandir seu alcance, mas também garantir um futuro próspero e sustentável nesse novo modelo de economia digital.

Uma dica para quem quer aprender mais sobre o tema é o Cria Digital, curso 100% on-line, gratuito e com certificado, realizado pela ONG JA Rio de Janeiro e a M2BR Academy, em parceria com o Canva. E com participação especial do ator e influenciador digital Jonathan Azevedo, que preparou uma aula exclusiva com reflexões e dicas para quem sonha em trabalhar com criação de conteúdo para as redes sociais.

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